Ritalina
– Cuidado!
A seguir uma matéria muito
interessante sobre os efeitos do uso da ritalina e sobre o famoso TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade). Neste jogo a grande
parte da população atua apenas como marionetes!
Artur Vieira
Soa como uma horrível
estória de um filme de terror: um psiquiatra norte-americano,
internacionalmente famoso, testa em seus pacientes, nos anos 60, diferentes
remédios psicotrópicos com a intenção de acalmar as crianças. Quando encontra a
pílula adequada com a qual consegue acalmá-las, ele levanta em nome da
Organização Mundial da Saúde a agitação das crianças como uma nova doença. Uma
nova fonte de renda da rede mundial da indústria médica e farmacêutica. Milhões
de jovens em todo o mundo tomam a ritalina há décadas, porque eles teriam a
suposta TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).
Como a indústria
farmacêutica destrói premeditadamente nossas crianças!
A doença chama-se TDAH. O
gigante farmacêutico e outros faturaram bilhões nas últimas décadas com o uso
da ritalina. O citado neurologista norte-americano leva o nome de Leon Eisenberg.
Todavia a verdade sempre vem à tona, mesmo se às vezes demore um pouco mais.
Pouco antes de sua morte em 2009, o médico de 89 anos revelou o embuste: nunca
ele havia imaginado que sua descoberta tornar-se-ia tão popular, declarou ele
em um artigo. “TDAH é um exemplo marcante para uma doença fabricada
Uma doença fabricada. Isso
também foi comprovado por uma recente notícia da semana passada: Diante do
dramático aumento dos casos de diagnóstico de TDAH (um aumento de cerca de 400
vezes entre 1989 e 2001), os pesquisadores são agora unânimes: TDAH é estampada
– precipitadamente – como espada de Dâmocles para a vivacidade das crianças. Os
meninos caem com mais frequência na armadilha. Tudo deve estar em ordem para o
cartel farmacêutico. Entrementes, esta “doença fabricada” manifestou-se
mundialmente como transtorno psíquico. Uma injustiça, como cada vez mais vem à
luz do dia: aquilo, que é conhecido como TDAH ou TODA (síndrome de déficit de
atenção) e supostamente condicionada à herança genética, baseia-se, de fato,
frequentemente em diversos motivos e tem pouco a ver com um verdadeiro quadro
de doença psíquica, como me explicou há alguns anos o antigo chefe da psiquiatria
para crianças e jovens da Uniklinik Eppendorf, o falecido Prof. Dr. Peter
Riedesser: frequentemente problemas familiares têm um papel importante, que
devem ser investigados, além disso, a maioria dos atingidos são garotos, o que
também está relacionado com o fato destes não raramente terem um temperamento
mais desenfreado do que as garotas. Mas em relação às meninas, a maioria das
afirmações tendem para o códex comportamental, assim como para as instituições
de acolhimento dos jovens, como também nas escolas. Basta os garotos brincarem
como selvagens para que eles mereçam rapidamente a atenção. Na realidade, a
TDAH é um problema dos incompreendidos jovens da atualidade. Um exemplo:
Quando eu vi há alguns anos
a mãe de um garoto vizinho chorando, eu perguntei a ela o que estava
acontecendo. Ela respondeu que a instrutora do jardim da infância havia lhe
participado que seu filho tinha a TDAH, a assim chamada Síndrome de
Zappelphilipp, e que a criança teria que tomar o forte remédio Ritalina.
Afinal, o garoto era hiperativo. Eu fiquei pasma, pois, a meu ver, isso era
inimaginável, o menino não tinha um comportamento alterado, nem era hiperativo,
mas sim deixava uma impressão saudável de grande vivacidade. Como a instrutora
do jardim de infância sabia exatamente qual era o problema, eu perguntei à
mulher, pois ela não era nem psicóloga nem médica. A minha vizinha respondeu
que a instrutora havia participado em um curso noturno exatamente sobre este
tema.
Felizmente consegui
telefonar imediatamente para o Prof. Riedesser e reportei-lhe o caso. O médico
chamou o garoto e o examinou minuciosamente. Diagnose: a criança era
completamente normal. O que eu não sabia até então: a indústria farmacêutica
formava há muito tempo educadores e professores de jardim de infância e
escolas, a fim de que eles tivessem uma “visão exata” sobre crianças com grande
vivacidade, e cujos pais seriam informados sobre o perigoso diagnóstico e
fossem informados a respeito do adequado medicamento.
E aqui devemos saber: a
ritalina não é um comprimido qualquer, mas sim algo “barra pesada”: ela contém
metilfenidato e atua nos neurotransmissores cerebrais, exatamente onde a
concentração e os movimentos são controlados. E o que ainda é fatal: o efeito do
metilfenidato nas pessoas está longe de ser completamente pesquisado. Nada se
sabe sobre suas consequências nas próximas gerações; perigosas doenças como
Parkinson devem estar relacionadas, por exemplo, com o uso da ritalina. Os
efeitos colaterais do pequeno comprimido branco vão desde a falta de apetite e
insônia, desde estados de medo, tensão e pânico até crescimento reduzido. Além
disso: ritalina é um psicofármaco e faz parte do grupo dos anestésicos, assim
como a cocaína e a morfina. Todavia, como já dito, é receitado a crianças
pequenas, frequentemente por vários anos. Porém, a “doença” não é curada
através da ritalina: assim que a aplicação do medicamento é suspensa, os
sintomas reaparecem imediatamente.
A ritalina é uma pílula
contra uma doença inventada, contra uma doença, ser um jovem “difícil”, lê-se
no Deutscher Apotheker Zeitung (publicação dirigida às farmácias – NT). E o
inventor da TDAH, o várias vezes condecorado neurologista norte-americano
Eisenberg, declarou consternado no fim da vida: “A pré-disposição genética para
TDAH é completamente superestimada”. Ao contrário disso, os psiquiatras
infantis deveriam pesquisar com muito mais carinho os motivos psicossociais,
que podem levar a desvios de comportamento, declarou Eisenberg ao jornalista
científico e autor de livros, Jörg Blech, conhecido pela sua ampla crítica à
indústria farmacêutica e seu livro Die Krankheitserfinder (Os inventores de
doença – NT). Reconhecimento tardio, muito tarde, mais do que tarde!
Arrependido, Eisenberg
afirmou antes de morrer onde poderiam ser encontradas as causas, e elas
deveriam ser examinadas com maior afinco ao invés de se lançar mão logo de
imediato do remédio: há disputas entre os pais, mãe e pai moram juntos, existem
problemas na família? Estas perguntas são importantes, mas elas tomam muito
tempo, citando Eisenberg, o qual, suspirando, acrescentaria: “Um remédio é
indicado rapidamente.”
“Nossos sistemas estão se
tornando desagradáveis aos jovens”, afirma também o professor para pesquisa de
abastecimento farmacêutico da Universidade de Bremen, Gerd Glaeske. Jovens
querem viver com mais riscos e experimentar. Mas lhes falta o necessário espaço
livre. Jovens tentam ultrapassar os limites, isso chama a atenção em nosso
sistema. “Quando alguém diz que os jovens atrapalham, também devemos conversar
sobre aqueles que se sentem incomodados”, declarou o professor.
O FAZ escreveu a 12 de
fevereiro de 2012 que o diagnóstico TDAH aumentará diante da declaração do
fracasso escolar e, mundo afora, apenas a Novartis faturará 464 milhões de
dólares com o comprimido, que torna o jovem “liso, sociável e quieto”. Há 20
anos, 34 quilos de metilfenidato foram prescritos pelos médicos – hoje são 1,8
toneladas. Em todo o mundo, cerca de dez milhões de crianças devem receber a
prescrição para tomar ritalina, na Alemanha devem ser cerca de 700.000.
A comissão ética da Suíça na
área de medicina humana, NEK, desferiu uma nota bastante crítica em novembro de
2011 diante o uso do medicamento ritalina usado contra TDAH: o comportamento da
criança é influenciado através da química, sem que seja necessário qualquer esforço
próprio.
Isso é uma agressão à
liberdade e personalidade da criança, pois compostos químicos causam certas
mudanças comportamentais, mas que as crianças não aprendem sob a ação de drogas
químicas, como poderiam mudar de hábito por si próprias. Com isso lhes é
subtraída uma importante experiência de aprendizado para atuação com
responsabilidade própria e respeito alheio, “a liberdade da criança é
sensivelmente reduzida e limita-se o desenvolvimento de sua personalidade”,
critica o NEK. Sobre as consequências para a saúde através da ingestão de
psicofármacos, nada é declarado.
Peter Riedesser alerta:
“Hiperatividade não é necessariamente um sinal de perturbação profunda, como
uma depressão, que deve ser tratada com outra coisa diferente de ritalina”.
Eva Herman, a famosa
apresentadora do “Jornal Nacional” alemão despertou diante das (in)coerências
do sistema.
O renomado cientista e
professor para neurobiologia, Gerald Hüther, alerta há muito tempo sobre o
risco do uso de medicamentos ultra-potentes em crianças pequenas, assim como
sobre o pressuposto de que a TDAH tenha a ver com uma verdadeira doença de
origem biológica ou genética. Em uma entrevista, quando o quadro clínico fora
definido há décadas, o cientista afirmou que se desconhecia como o cérebro
infantil é moldável, como as estruturas cerebrais se formam a partir das
experiências feitas na infância. “Naquela época partia-se do pressuposto de que
só algum programa genético defeituoso é que podia levar às disfunções”, disse
Hüther. “Esta concepção foi vantajosa em várias situações. Ela não
responsabilizou quem quer que seja e retirou um peso não apenas dos pais, mas
também dos educadores e professores. E isso se ajustou ao viés reparatório
daquela época: se algo não funcionava direito, bastava então ingerir um
comprimido.”
Os pais atingidos não
deveriam se sentir atingidos quando educadores ou professores acreditam que
seus filhos tenham TDAH. Eles devem ouvir primeiramente com tranquilidade e
conversar com outras pessoas que conheçam seu filho e também gostem dele.
“Talvez algum deles tenha uma ideia como ele poderia ser ajudado em casa, na
escola e principalmente no convívio com os amigos.”
O neurobiólogo foi um dos
primeiros críticos da “doença” e dos medicamentos relacionados a ela, e foi o
estopim de uma picante discussão técnica há alguns anos. Hüther foi um dos
poucos cientistas que se colocou como advogado das crianças: “Os adultos devem
decidir por si mesmo, se através da ajuda de psicoestimulantes eles podem se
ajustar melhor na absurda exigência de desempenho de nossa sociedade atual. Mas
as crianças ainda não podem decidir sobre isso, esta decisão deve ser tomada
pelos pais como adultos cientes de suas responsabilidades.” Quase todo o
restante do mundo profissional se fechou em um decente silêncio sobre este
gravíssimo tema.
O descobridor da TDAH, o
então neurologista norte-americano Leon Eisenberg, que ocupou posteriormente a
direção da psiquiatria do renomado Massachussets General Hospital, em Boston, e
se tornou um dos mais conhecidos neurologistas do mundo, se engajou em 1967
juntamente com seu colega Mike Rutter em um seminário da Organização Mundial de
Saúde, com todos suas forças e contra a imensa resistência dos profissionais
psiquiatras, para que a suposta disfunção cerebral figurasse no mundialmente
difundido catálogo de disfunções psiquiatras da WHO. Apesar do forte vento
contrário – seja qual for a origem – ele conseguiu ter “sucesso”. O psiquiatra
lançou ao mundo um perigoso e maligno espírito, o qual, à vista do
experimentado lucro bilionário da indústria farmacêutica, não vai desaparecer
facilmente. Até hoje a suposta doença psíquica tem seu lugar no Manual de
Diagnósticos e Estatísticas, até hoje existem milhões de pais que acreditam ter
filhos doentes, e até hoje em dia circulam milhões de meninos e meninas que
acreditam ter um “tique grave”.
Tudo isso incomoda muito
pouco a indústria farmacêutica e, entrementes, apenas na Alemanha, seis
empresas oferecem o medicamento sob diversos nomes. Os polvos continuam a
apanhar tranquilamente seus bilhões, indiferentes a possíveis danos no corpo e
na alma das crianças, indiferentes também quanto à pressão sobre as jovens
gerações, que devem apenas funcionar, mesmo sobre o efeito de drogas, e
indiferentes ao mundo. Eles não precisam mais perguntar sobre as causa e
motivos naturais, mas apenas inventar, sem escrúpulo algum, moléstias
artificiais para com isso faturar pra valer. Bem vindo ao maravilhoso mundo
novo!
Eva Herman
Kopp-verlag, 02/04/2012.
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