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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Anos Ocultos de Jesus

Por: Eduardo Szklarz e Alexandre Versignassi

O Novo Testamento contém 27 livros, 7 956 versículos e 138 020 palavras. E uma única referência à juventude de Jesus. O Evangelho de Lucas nos conta que, aos 12 anos, ele viajou com os pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach, a Páscoa judaica. Quando José e Maria retornavam a Nazaré, perceberam que Jesus tinha ficado para trás. Procuraram o garoto durante 3 dias e decidiram voltar ao Templo, onde o encontraram discutindo religião com os sacerdotes. "E todos que o ouviam se admiravam com sua inteligência" (Lucas 2:42-49).

Isso é tudo. Jesus só volta a aparecer no relato bíblico já adulto, por volta dos 30 anos, ao ser batizado no rio Jordão por João Batista. É quando o conhecemos realmente. Da infância, as Escrituras falam sobre o nascimento em Belém, a fuga com os pais para o Egito - para escapar de uma sentença de morte impetrada por Herodes, rei dos judeus - e a volta para Nazaré. Da vida adulta, o ajuntamento dos apóstolos e a pregação na Galileia, além do julgamento e da morte em Jerusalém. Mas o que aconteceu com Jesus entre os 12 e os 30 anos? Qual foi sua formação, o que moldou seu pensamento nesses 18 "anos ocultos"? Afinal, o que ele fez antes de profetizar na Galileia?

A notícia para quem deseja reconstruir o Jesus histórico é que novas análises dos Evangelhos, documentos históricos e achados arqueológicos nos dão pistas sobre a sociedade da época. E dessa forma podemos chegar mais perto de conhecer o homem de Nazaré. E entender o que passava em sua cabeça.

O Pedreiro Cheio de Irmãos

Uma coisa é certa. Aos 13 anos, Jesus celebrou o bar mitzvah, ritual que marca a maioridade religiosa do judeu. E é bem provável que ele tenha seguido a profissão de José, seu pai. Carpinteiro? Talvez não. "Em Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, Jesus é chamado de tekton, que no grego do século 1 designava um trabalhador do tipo pedreiro, não necessariamente carpinteiro", diz John Dominique Crossan, um dos maiores especialistas sobre o tema. Para o historiador, os autores de Mateus e Lucas, que se basearam em Marcos, parecem ter ficado constrangidos com a baixa formação de Jesus. E deram um jeito de melhorar a coisa. Mateus (13:55) diz que o pai de Jesus é que era tekton. E Lucas omitiu todo o versículo.

As mesmas passagens de Marcos e Mateus informam que Jesus tinha 4 irmãos (Tiago, José, Simão e Judas), além de irmãs (não nomeadas). Mas dá para ir mais longe a partir dessa informação. "Se os nomes dos Evangelhos estão corretos, a família de Jesus era muito orgulhosa da tradição judaica.

Seus 4 irmãos tinham nomes de fundadores da nação de Israel", diz a historiadora Paula Fredriksen, da Universidade de Boston. "Seu próprio nome em aramaico, Yeshua, recordava o homem que teria sido o braço direito de Moisés e liderado os israelitas no êxodo do Egito, mais de mil anos antes."

Assim, a família teria pelo menos 9 pessoas, mas nem por isso era pobre. Nazaré ficava a apenas 8 km de Séforis - um grande centro comercial onde o rei Herodes, o Grande, governava a serviço de Roma. Com a morte dele, em 4 a.C., militantes judeus se revoltaram contra a ordem política. Deu errado: o general romano Varus chegou da Síria para reprimir os rebeldes. E seu amigo Gaio completou o serviço, queimando a cidade. "Homens foram mortos, mulheres estupradas e crianças escravizadas", diz Crossan. Mas a destruição de Séforis teve um lado positivo: Herodes Antipas, filho do "o Grande", transformou o lugar num canteiro de obras. Isso trouxe uma certa abundância de empregos para a região. Um pequeno boom econômico. Então o ambiente ao redor da família de Jesus não era de privações. "A reconstrução da cidade deve ter gerado muito trabalho para José", diz Paula Fredriksen.

Jesus nasceu no ano da destruição da cidade, 4 a.C. Ou perto disso. O Evangelho de Mateus diz que Jesus nasceu no tempo de Herodes, o Grande (4 a.C. ou antes). Lucas coloca o nascimento na época do primeiro censo que o Império Romano promoveu na Judéia. E isso aconteceu, segundo as fontes históricas romanas, em 6 a.C. A única certeza, enfim, é que "foi por aí" que Jesus nasceu. E que o ódio contra o que os romanos tinham feito em Séforis permeava o ambiente onde ele viveu. "Não é difícil imaginar que Jesus pensou muito sobre os romanos enquanto crescia", diz Crossan.

Na década de 20 d.C., quando Jesus estava nos seus 20 e poucos anos, o sentimento anti-romano cresceu mais ainda. Pôncio Pilatos assumiu o governo da Judéia cometendo o maior pecado que poderia: desdenhar da fé dos judeus no Deus único.

Mas, em vez de se unir contra o romano, os judeus se dividiram em seitas. Os saduceus, por exemplo, eram os mais conservadores. Os fariseus eram abertos a idéias novas, como a ressurreição - quando os justos se ergueriam das tumbas para compartilhar o triunfo final de Deus.

Os essênios viviam como se o fim dos tempos já tivesse começado: moravam em comunidades isoladas, que faziam refeições em conjunto seguindo estritas leis de pureza. Já os zelotes defendiam a luta armada contra os romanos.

Em qual dessas seitas Jesus se engajou na juventude? Não há consenso entre os pesquisadores. Para alguns, porém, existem semelhanças entre a dos essênios e o movimento que Jesus fundaria - ambas as comunidades viviam sem bens privados, num regime de pobreza voluntária, e chamavam Deus de "pai". Essa hipótese ganhou força com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em 1947. Eles trouxeram detalhes sobre uma comunidade asceta de Qumran, que viveu no século 1 e estaria associada aos essênios. O achado arqueológico não provou a ligação entre Jesus e essa seita. Até porque os essênios eram sujeitos reclusos, ao passo que Jesus foi pregar entre as massas da Galileia e Jerusalém.

Jesus podia não ser essênio. Mas, para alguns estudiosos, seu mentor foi, João,o mestre.

Dois dos 4 Evangelhos começam a falar de João Batista antes de mencionar Jesus. É em Marcos e João. O homem que batizaria Cristo aparece descrito como um profeta que se vestia como um homem das cavernas ("em pelos de camelo") e que vivia abaixo de qualquer linha de pobreza ("comia gafanhotos e mel silvestre").

Para a historiadora britânica Karen Armstrong, outra grande especialista no tema, isso indica que João pode ter sido um essênio. A vocação "de esquerda" que Jesus mostraria mais tarde, inclusive, pode vir da ligação do mestre João com a "sociedade alternativa" dos essênios. "É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus", ele diria mais tarde.

Os Evangelhos não falam de João como mestre de Jesus. Nada disso. Ele apenas reconhece Jesus como o Messias na primeira vez que o vê. Os textos sagrados também informam que ele usava o batismo como expediente para purificar seus seguidores, que deviam confessar seus pecados e fazer votos de uma vida honesta.

Então Jesus aparece pedindo para ser batizado. Na Bíblia, esse é o primeiro momento em que vemos o Messias após aqueles 18 anos de ausência.

Depois de purificado nas águas do rio Jordão, Jesus parte para sua vida de pregação, curas e milagres. A vida que todos conhecem.

Para quem entende esse relato à luz da fé, isso basta. Mas é pouco para quem tenta montar um panorama da vida de Jesus, um retrato puramente histórico de quem, afinal, foi o homem da Galileia que sairia da vida para entrar na Bíblia como o Deus encarnado. E uma possibilidade é que Jesus tenha sido um discípulo de João Batista. Discípulo e sucessor.

As evidências: tal como João Batista, Jesus via o mundo dividido entre forças do bem e do mal. E anunciava que Deus logo interviria para acabar com o sofrimento e inaugurar uma era de bondade. Em suma: tanto um como o outro eram o que os pesquisadores chamam de "profetas apocalípticos". E se os Evangelhos jogam tanta luz sobre João Batista (Lucas fala inclusive sobre o nascimento do profeta, assim como faz com Jesus), a possibilidade de que a relação deles tenha sido mais profunda é real.

O grande momento de João Batista na Bíblia, porém, não é o batismo de Jesus. É a sua própria morte. Morte que abriria as portas para o nosso Yeshua, o Jesus da vida real, começar o que começou.

E Yeshua vira Cristo

João Batista podia se vestir com pele de animal e se alimentar de gafanhotos. Mas tinha a influência de um grande líder político. Prova disso é que morreu por ordem direta de Antipas. O Herodes júnior tinha violado o 10º mandamento da lei judaica: "Não cobiçarás a mulher do próximo". Não só estava cobiçando como estava de casamento marcado com a ex-mulher do irmão, Felipe. João condenou a atitude do rei publicamente. E acabou executado.

Mateus deixa claro como Jesus, então já com seus 12 discípulos e em plena pregação, recebeu a notícia: "Ouvindo isto, retirou-se dali para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades". Logo na seqüência, o Cristo emenda o maior de seus milagres. Sentido com a fome da multidão que ia atrás dele, pegou 5 pães e dois peixes (tudo o que os apóstolos tinham) e foi dividindo. Passava os pedaços aos discípulos, e os discípulos à multidão. "E os que comeram foram quase 5 mil homens, além das mulheres e crianças" (Mateus 14:21). Horas depois, no meio da madrugada, outro milagre de primeiro escalão: Jesus apareceria para os apóstolos andando sobre as águas.

Esses episódios, claro, são parte da vida conhecida de Jesus (ou da mitologia cristã, em termos técnicos). Mas deixam claro: a morte de João foi importante a ponto de ter sido seguida de dois dos grandes episódios da saga de Cristo.

O filho do pedreiro assumiria o vácuo religioso deixado pelo profeta. Agora sim: Yeshua caminharia com as próprias pernas. E começaria a virar Jesus Cristo. "Ele não só assumiu o manto de João, mas alterou sua doutrina. A diferença interessante entre João Batista e Jesus Cristo é que Jesus ergueu o manto caído de Batista e continuou seu programa mudando radicalmente sua visão", diz Crossan.

Ele continua: "João dizia que Deus estava chegando. Mas João foi executado e Deus não veio". Ou seja: para o pesquisador, Jesus teria ficado tão chocado ante a não-intervenção divina que mudou sua visão sobre o que o Reino de Deus significava.

"João Batista havia imaginado uma intervenção unilateral de Deus. Jesus imaginou uma cooperação bilateral: as pessoas deveriam agir em combinação com Deus para que o novo reino chegasse", diz o pesquisador. Ou seja: não adiantaria esperar de braços cruzados. O negócio era fazer o Reino dos Céus aqui e agora. Como? Primeiro, extinguindo a violência. Mas e se alguém me der um soco, senhor? "Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra" (Lucas 6:29). Depois, amando ao próximo como a ti mesmo, ajudando ao pior inimigo se for necessário, como fez o bom samaritano da parábola famosa... Em suma, a essência da doutrina cristã.

A Natividade

Agora, um aparte: chamar de "anos ocultos" apenas a juventude de Jesus é injustiça. O nascimento também é uma incógnita completa. A começar pela data de nascimento: 25 de dezembro era a data em que os romanos celebravam sua festa de solstício de inverno, a noite mais longa do ano. Não porque gostassem de noites sem fim, mas porque ela marcava o começo do fim do inverno. Praticamente todos os povos comemoram esse acontecimento desde o início da civilização - nossas festas de fim de ano, a semana entre o Natal e o Ano-Novo são um reflexo disso. O dia em que Jesus nasceu não consta na Bíblia - foi uma imposição da Igreja 5 séculos depois, para coincidir o nascimento do Messias com a festa que já acontecia mesmo - com troca de presentes e tudo.

"Na verdade, não sabemos nada histórico sobre Jesus antes de sua vida pública, já que os dois primeiros capítulos de Mateus e Lucas [os que relatam o nascimento] são basicamente parábolas, não história", diz Crossan. De acordo com Mateus, José soube num sonho que Maria daria à luz um menino concebido pelo Espírito Santo. Quando Jesus nasce, magos surgem do Oriente e seguem uma estrela que os conduz a Jerusalém. Lá, eles ficam sabendo que o Cristo nasceu em Belém. Seguindo a estrela, os magos chegam à cidade para adorar o menino e lhe regalam com ouro, incenso e mirra. Mas Herodes fica perturbado com o nascimento e manda soldados matarem todos os bebês de até 2 anos em Belém. Assim, José foge com a família para o Egito e depois vai morar em Nazaré, na Galileia, onde Jesus é criado.

"Não há nenhum relato, em qualquer fonte antiga, sobre o rei Herodes massacrar crianças em Belém, ou em seus arredores, ou em qualquer outro lugar. Nenhum outro autor, bíblico ou não, menciona isso", diz o teólogo americano Bart D. Ehrman no livro Quem Foi Jesus? Quem Jesus Não Foi?

No relato de Lucas, o anjo Gabriel vai à casa de Maria, em Nazaré, e lhe avisa que daria à luz um futuro rei. E que o "Filho de Deus" se chamaria Jesus. Maria era uma virgem prometida a José, e o anjo lhe explicou que o filho seria gerado pelo Espírito Santo.

Lucas diz que naquela época, "quando Quirino era governador da Síria", um decreto do imperador Augusto obrigou os súditos a se registrar no primeiro censo do Império. Todo mundo devia retornar à cidade de origem para se alistar. Como os ancestrais de José eram de Belém, ele foi com Maria grávida para lá. Jesus nasceu em Belém pouco depois, e foi envolvido em panos na manjedoura. Lá o menino recebeu a visita de pastores e foi circuncidado aos 8 dias, para depois passar a infância em Nazaré.

"Os
problemas históricos em Lucas são ainda maiores", diz Ehrman. "Temos registros do reinado de Augusto, e em nenhum deles há referência a um censo para o qual todos teriam de se registrar retornando ao lar dos ancestrais."

Ok, mas afinal por que Mateus e Lucas fazem Jesus nascer em Belém? Bom, de acordo com uma profecia do livro de Miquéias, do Antigo Testamento, o salvador viria de lá. Por que de lá? Porque era a cidade do rei Davi, o mais lendário dos soberanos de Israel.

Depois que o general Pompeu invadiu a Judéia, em 63 a.C., e fez dela província do Império Romano, os profetas passaram a dizer que um rei da linhagem de Davi inauguraria o "reino de Deus". Chamavam essa figura de "o ungido" - já que Davi e outros reis israelitas haviam sido ungidos com óleo. Os Evangelhos foram escritos em grego, o inglês da época. E em grego "ungido" é christos. O Cristo tinha que nascer em Belém. Yeshua provavelmente era de Nazaré mesmo.

Os Evangelhos, por sinal, são obra de autores desconhecidos. É apenas uma convenção dizer que foram escritos por Marcos (secretário do apóstolo Pedro), Mateus (o coletor de impostos), João (o "discípulo amado") e Lucas (o companheiro de viagem de Paulo). Além disso, os escritores não foram testemunhas oculares. "O autor de Marcos escreveu por volta do ano 70. Mateus e Lucas, de 80. E João, no final dos 90", diz Karen Armstrong. E claro: "Eram cristãos. Eles não estavam imunes a distorcer as histórias à luz de suas crenças", diz Ehrman. Afinal, "evangelho" deriva da palavra grega euangélion, que significa "boas novas". O objetivo dos autores não era escrever a biografia de Jesus, e sim propagar a nova fé. Levando isso em conta, chegamos a outra polêmica: os anos considerados como os mais conhecidos da vida de Jesus também são cheios de episódios misteriosos. Vejamos.

Yeshua sai da vida para entrar na Bíblia

Talvez tenha sido em busca de audiência que Yeshua rumou com os discípulos da Galileia para Jerusalém, por volta do ano 30 d.C. Depois de 3 anos pregando na periferia, já seria hora de atuar no palco principal.

Jerusalém era o pivô do fermento espiritual judaico, e milhares de judeus iam para lá na Páscoa. Os Evangelhos nos dizem que Jesus causou um tumulto no local, destruindo as banquinhas de câmbio (que trocavam moedas estrangeiras dos romeiros por dinheiro local cobrando uma comissão), já que seria uma ofensa praticar o comércio em pleno Templo de Jerusalém, o lugar mais sagrado da Terra para os judeus. Por perturbar a ordem pública, ele foi condenado à cruz. Parece historicamente sólido, mas o episódio central do Novo Testamento também é fonte de reinterpretações.

No julgamento, por exemplo, a multidão teria pedido que Barrabás, um assassino, fosse solto em vez de Jesus - já que era "costume" da Páscoa. Esse costume, porém, não é mencionado em nenhum lugar, exceto nos Evangelhos. Além disso, Jesus pode não ter sido exatamente crucificado, mas "arvorificado". É a teoria (controversa, é verdade) do arqueólogo Joe Zias, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Suas pesquisas indicam que as vítimas dos romanos eram mais comumente crucificadas em árvores, pregando uma tábua de madeira no tronco para prender os braços do condenado. Seja como for, não há por que duvidar de que ele tenha sido executado. Roma usava e abusava do expediente para tentar manter o controle das regiões que conquistava. Segundo Flávio Josefo, historiador judeu do século 1, numa só ocasião 2 mil judeus foram executados

A história de Jesus não acaba aí, claro. "Alguns discípulos estavam convencidos de que ele ressuscitara. E que sua ressurreição anunciava os últimos dias, quando os justos se reergueriam das tumbas", diz Armstrong. Para esses judeus cristãos, Jesus logo retornaria para inaugurar o novo reino. O líder do grupo era Tiago, irmão de Jesus, que tinha boas relações com fariseus e essênios. E o movimento se expandiu. Quando Tiago morreu, em 62, Jerusalém vivia o auge da crise política. Em 66, romanos perseguiram os judeus com medo de uma insurgência. Os zelotes se rebelaram e conseguiram manter as tropas do Império afastadas por 4 anos. Com medo de que a rebelião judaica se espalhasse, Roma esmagou os revoltosos. Em 70, o imperador Vespasiano sitiou Jerusalém, arrasou o Templo e deixou milhares de mortos.

"Não temos idéia de como seria o cristianismo se os romanos não tivessem destruído o Templo", diz Armstrong. "Sua perda reverbera ao longo dos livros que formam o Novo Testamento. Eles foram escritos em resposta à tragédia."

Para os pesquisadores, então, os textos sagrados refletem a realidade da Judéia do final do século 1 - e não a do início, a que Jesus viveu de fato. Por exemplo: Barrabás personificaria os sicários, judeus que saíam armados de punhais para matar romanos na calada da noite, como uma forma de vingança pela destruição do Templo. E que por isso mesmo eram assassinos amados pela população.

Quer dizer: Barrabás seria um personagem típico da década de 70 d.C., inserido no episódio da morte de Jesus, fato que aconteceu na década de 30 d.C, num momento em que o ódio aos romanos e o louvor a quem se dispusesse a matá-los não eram tão violentos.

Até a época em que os Evangelhos foram escritos, o movimento de Jesus era apenas um entre as várias seitas judaicas. Os primeiros cristãos se diziam "o verdadeiro Israel" e não tinham intenção de romper com a corrente principal do judaísmo. Mas tudo mudou com a destruição do Templo.

Ela intensificou a rivalidade entre as facções judaicas. "Em sua ânsia por alcançar o mundo gentio (o dos não-judeus), os autores dos Evangelhos estavam dispostos a absolver os romanos da execução de Jesus e declarar, com estridência crescente, que os judeus deviam carregar a culpa", diz Armstrong. João, o Evangelho mais virulento, declara que os judeus são "filhos do Diabo" (João 8:44). Até o autor de Lucas, que tinha uma visão mais positiva do judaísmo, deixou claro que havia um bom Israel (os seguidores de Jesus) e um Israel mau - os fariseus.

A rixa com os fariseus tem lógica, já que eram competidores diretos dos judeus cristãos. "Num extremo do judaísmo estavam os saduceus, a ala mais conservadora. No outro, os essênios, a mais radical. Já os fariseus e os judeus cristãos estavam no meio. Eles lutavam pela mesma coisa: a liderança do povo, que estava entre as duas pontas", diz Crossan.

Não é surpresa, aliás, que os livros do Novo Testamento contenham tantas contradições entre si. "Quando os editores finais do Novo Testamento juntaram esses textos, no início da Idade Média, não se incomodaram com as discrepâncias. Jesus havia se tornado um fenômeno grande demais nas mentes dos cristãos para ser atado a uma única definição", diz Armstrong. Os Evangelhos atribuídos a Marcos, Lucas, Mateus e João seriam finalmente selecionados para o cânon da Igreja. Dezenas de outros evangelhos ficaram de fora.

Só no século 2, quase 100 anos após a morte de Jesus, começam a aparecer relatos sobre ele no centro do Império. Um deles é uma carta do político romano Plínio ao imperador Trajano. Plínio cita pessoas conhecidas como "cristãs" que veneravam "Cristo como Deus". Outra fonte é o historiador romano Tácito, que menciona os "cristãos (...), conhecidos assim por causa de Cristo (...), executado pelo procurador Pôncio Pilatos". Suetônio, que escreveu pouco depois de Tácito, informa sobre uma perseguição de cristãos, "gente que havia abraçado uma nova e perniciosa superstição". Uma "superstição" cuja mensagem convenceria cada vez mais gente, a ponto de, no século 4, o imperador romano em pessoa (Constantino, no caso) converter-se a ela.

E o resto é história. Uma história que chega ao seu segundo milênio. Com 2 bilhões de seguidores.

Fonte: Revista Super Interessante - Edição de Julho de 2011

http://www.imagick.org.br/pagmag/themas2/AnosOcultosJesus.html

Lisa Teixeira.

http://amanhecernovaera.blogspot.com/

domingo, 30 de outubro de 2011

Você Pode Mudar Sua Vida

Apresento um ótimo vídeo da Louise L.Hay. Espero estar contribuindo de alguma forma para que você de fato possa mudar a sua vida. Boa sorte!

Artur Vieira

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Parte 8


Parte 9


Parte 10


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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Antonio Villas Boas

Na tarde de 22 de fevereiro de 1958, Antônio Villas Boas prestou o seguinte depoimento, na cidade do Rio de Janeiro, no consultório médico do Dr. Fontes e na presença do jornalista João Martins, testemunha. Eis a transcrição: "Meu nome é Antônio Villas Boas, tenho 23 anos, sou agricultor, vivo com a minha família numa fazenda, de nossa propriedade, situada nas imediações da cidade de São Francisco de Sales, Estado de Minas Gerais, perto dos limites do Estado de São Paulo. Tenho dois irmãos e três irmãs, todos eles morando na vizinhança; outros dois irmãos meus já faleceram. Todos os homens da família trabalham na fazenda, cujas terras abrangem campos extensos e muitas plantações a serem cuidadas. Para lavrar a terra, temos um trator com motor a gasolina, marca Internacional, com o qual trabalhamos em duas turmas, uma diurna, outra noturna, na época do plantio. De dia, trabalham os trabalhadores rurais, nossos empregados, de noite, eu costumo trabalhar sozinho ou, às vezes, junto com meus irmãos. Sou solteiro, tenho boa saúde, trabalho duro, faço curso por correspondência e estudo, sempre que posso. Para mim foi um sacrifício viajar até o Rio, pois estão precisando de mim, lá na fazenda.
No entanto, considerei meu dever relatar os acontecimentos extraordinários nos quais fui envolvido. Farei de bom grado tudo quanto os senhores acharem que devo fazer e também prontifico-me a depor perante autoridades civis e militares.

Uma Luz Forte

Tudo começou na noite de 5 de outubro de 1957. Naquela noite, tivemos visita, razão pela qual fomos dormir somente lá pelas 23 h, bem depois da hora de costume. Eu estava no meu quarto, em companhia do meu irmão João. Fazia bastante calor naquela noite e, por isso, abria a janela, que dá para o terreiro, quando lá vi uma luz brilhante, que iluminava todo o ambiente. Era uma luz bem mais clara do que aquela do luar e não consegui saber de sua procedência. Mas, evidentemente, deveria ser refletida de lá, bem em cima, pois me deu a impressão de holofotes dirigidos para baixo e iluminado a nossa fazenda toda. Porém, lá no céu, eu não pude distinguir coisa alguma. Chamei por meu irmão, para ele também ver aquela luz, mas, recatado e comodista como ele só, não se incomodou e achou melhor dormimos. Em seguida, fechei as venezianas e ambos fomos dormir. No entanto, aquela luz não me saía da cabeça e nem me deixava pregar os olhos de modo que, sentindo uma curiosidade imensa, tornei a levantar-me e a abrir as venezianas, para ver o que se passava lá fora. A luz continuava inalterada, no seu lugar. Fiquei de olhar fixo naquela luz quando, de repente, se deslocou para perto da minha janela. Assustado, bati as venezianas, com tamanho barulho que acordei meu irmão que entrementes tinha adormecido. Dentro do quarto escuro, ele e eu acompanhamos a luz que entrava pelas venezianas; passou em direção ao telhado, de onde penetrou, então, pelas frestas entre as telhas. Por fim, a luz desapareceu e não voltou mais.

Uma Tentativa de Caça ao Objeto

A 14 de outubro houve o segundo incidente. Deve ter ocorrido lá pelas 21h e 30 m e 22h, não posso precisar a hora exata, pois não tinha relógio comigo. Trabalhei com o trator, em companhia de um outro dos meus irmãos. De repente, avistamos uma luz muito clara, penetrante, a ponto de doer a vista. Quando a vimos, pela primeira vez, despontou grande e redonda, como uma roda de carroça, na ponta norte do campo, cuja terra lavramos, era de um vermelho-claro e iluminou uma grande área. Distinguimos alguma coisa dentro da luz, ela deslocou-se, repentina e ultravelozmente, para a ponta sul do campo, onde ficou novamente parada. Corri atrás da luz, que então, tornou a voltar para onde estava antes. Tornei a correr atrás, mas ela fugiu de mim. Então, desisti de pegá-la e voltei para junto do meu irmão. Por uns poucos minutos a luz ficou imóvel, à distância, ela parecia emitir raios intermitentes, em todas as direções, que me fizeram pensar nos raios do sol poente. Em seguida, desapareceu tão repentinamente que tive a impressão de ter sido apagada. No entanto, não tenho certeza absoluta dessas coisas, realmente, se terem passado dessa maneira, pois não sei mais se, por aquele tempo todo, olhei em direção da luz. Talvez tenha desviado o olhar por algum instante, quando, então, poderia ter subido de repente e, quando tornei a olhá-la, já não estava mais lá, tinha sumido.

O Contato

No dia seguinte, 15 de outubro, trabalhei sozinho com o trator. Foi uma noite fria e o céu noturno, claro, estava salpicado de estrelas. Precisamente a 1 h vi uma estrela vermelha, de aparência igual à de uma daquelas grandes estrelas bem claras. No entanto, percebi logo que não se tratava de uma estrela, pois aumentou progressivamente de tamanho e parecia aproximar-se de mim. Dentro de alguns instantes, ficou um objeto brilhante, da forma de um ovo e com velocidade incrível. A sua aproximação era tão veloz que já estava sobre o trator, antes que eu pudesse pensar o que deveria fazer. De repente, o objeto ficou parado e desceu até uns 50 m acima da minha cabeça. O trator e o campo ficaram iluminados, como mergulhados em plena luz do dia. A luz dos faróis do meu trator ficou completamente ofuscada por aquele brilho penetrante, vermelho-claro. Senti um medo horrível, pois não podia fazer idéia do que aquilo seria. Eu queria fugir com o trator, mas, em comparação com a velocidade daquele objeto, a sua marcha era lenta demais e foram inúteis todos os meus esforços para acelerá-lo. Outrossim, pular do trator e tratar de fugir a pé, correndo na terra recém-lavrada, tampouco me teria adiantado qualquer coisa; ademais, desse jeito, eu me teria arriscado a fraturar a perna. Enquanto eu fiquei lá, uns dois minutos, hesitante, sem saber o que fazer, a luz tornou a deslocar-se e parou a uns 10 a 15 m à frente do meu trator, para, então, lentamente, pousar no solo.

Descrição do OVNI - Aproximou-se de mim, mais e mais, até quando pude distinguir que se tratava de uma máquina fora do comum, quase redonda, com pequenas luzes vermelhas dispostas em toda a circunferência. À minha frente, havia um enorme farol vermelho, que ofuscou minha vista, quando o objeto desceu lá de cima. Agora distinguia nitidamente os contornos da máquina; ela era parecida com um ovo alongado, apresentando três picos, um no meio e um de cada lado. Eram picos metálicos, de ponta fina e base larga; não pude distinguir a sua cor, por causa da forte luz vermelha, na qual estavam mergulhados. Em cima havia algo rodando à alta velocidade, que, por sua vez, emitia luz vermelha, fluorescente. No instante em que a máquina desacelerou, para pousar, as rotações da peça giratória diminuíram e a luz mudou - assim me parecia - para o verde. Naquele momento, a peça giratória era como um prato ou uma cúpula achatada. Aliás, aquela peça giratória jamais parou, por um segundo sequer, mantendo-se em rotação permanente, mesmo depois do objeto voador encontrar-se no solo. A maioria desses detalhes só notei um pouco mais tarde porque, logo de início, fiquei nervoso demais para percebê-los. E quando, a alguns metros acima do solo, a parte de baixo do objeto se abriu e dele saíram três suportes metálicos, perdi os últimos resquícios do meu autocontrole. Evidentemente, estava descendo o "trem de pouso". Mas eu não estava disposto a esperar tanto.

Tentativa de Fuga

Durante esse tempo todo, o trator estava de motor ligado e, então, pus pé no acelerador, desviei-o do objeto voador e tentei escapar, quando após avançar por alguns metros, o motor parou e os faróis apagaram. Eu não sabia por que, pois o motor estava ligado e os faróis estavam acesos. Dei partida, mas o motor não pegou. Em vista disso, pulei do trator, detrás do objeto e corri. Porém, logo mais, um minúsculo ser estranho, que mal chegava a altura dos meus ombros, pegou no meu braço.

O Seqüestro - Desesperado, apliquei-lhe um golpe, que o fez perder equilíbrio, largar o meu braço e cair para trás. Novamente, tentei correr, quando, instantaneamente, três outros seres alienígenas pegaram-me por trás e pelos lados, segurando meus braços e minhas pernas e levantando-me do solo, sem que eu pudesse esboçar sequer o menor gesto. Tentei livrar-me deles, mas me seguraram firme. Gritei por socorro, maldisse-os e exigi que me soltassem. Meus seqüestradores devem ter ficado espantados ou curiosos com aqueles meus gritos, pois, enquanto me levavam para o objeto voador, toda vez que abria a boca, me olhavam na cara, sem, no entanto, afrouxar, no mínimo, a garra com que me prendiam. Tirei esta conclusão da sua atitude comigo e, com isso, fiquei um pouco aliviado. Carregaram-me até a máquina, que estava pousada a uns 10 m acima do solo, sobre os suportes metálicos já descritos. Na parte traseira do objeto voador havia uma porta, que se abria de cima para baixo e, assim, serviu de rampa. Na sua ponta estava uma escada de metal, do mesmo metal prateado das paredes e que descia ao solo. Os meus seqüestradores alienígenas tiveram dificuldades em me fazer subir aquela escada, que só dava para duas pessoas, uma ao lado da outra e, além do mais, não era estável, balançando fortemente, com cada uma das minhas tentativas de livrar-me dos meus raptores. De cada lado havia um corrimão, da espessura de um cabo de vassoura, no qual me agarrei, para não ser levado para cima, o que fez com que eles tivessem de parar, a fim de tirar as minhas mãos daquela peça. No entanto, também o corrimão era móvel e quando, depois, desci por aquela escada, eu tive a impressão de ser de elos de corrente.

A Espaçonave

Por fim, me deixaram em um pequeno recinto quadrado. A luz brilhante do teto metálico refletia-se nas paredes, de metal polido; era emitida por numerosas lâmpadas quadradas, embutidas debaixo do teto, ao redor da sala. Deixaram-me em pé, no chão. A porta de entrada, junto com a escada recolhida, levantou-se e fechou. O recinto estava iluminado como se fosse pela luz do dia, mas, mesmo nessa luz brilhante, não se percebia o lugar da porta que, depois de fechada, ficou totalmente integrada à parede; somente a escada metálica indicava o lugar, onde ela deveria achar-se. Um dos cinco seres presentes apontou com a mão para uma porta aberta e me fez compreender que eu deveria segui-lo para aquele recinto contíguo. Obedeci, já que não havia outro jeito. Prosseguimos, então, para aquele recinto, que era maior do que o outro e semi-oval. Lá, as paredes brilhavam como as da sala anterior. Creio que me encontrava bem no setor central da máquina, pois no meio havia uma coluna redonda, aparentemente maciça, cujo diâmetro diminuía no seu meio. Dificilmente aquela coluna estaria ali apenas a título de enfeite. A meu ver, ela suportava o teto. Os únicos móveis existentes eram uma mesa, de desenho esquisito, e várias cadeiras giratórias, parecidas com as nossas cadeiras de balcão de bar. Todos os objetos eram de metal. A mesa e as cadeiras tinham um só pé, no centro, que, na mesa, era firmemente fincado na base, nas cadeiras, o pé era ligado a três reforços laterais salientes, por um anel móvel e embutido no piso. Assim, as cadeiras tinham movimento livre, para todos os lados.

Os Exames

Os seres alienígenas continuaram a segurar-me e, evidentemente, conversavam a meu respeito. Quando digo "conversaram" é bom frisar que aquilo que ouvi não teve sequer a menor semelhança com sons humanos. Tampouco, posso imitar a sua fala. De repente, pareciam ter chegado a uma decisão. Todos os cinco, juntos, começaram a despir-me. Eu me defendi o melhor que pude, gritei, xinguei. Eles pararam, me olharam e tentaram fazer-me compreender que queriam passar por gente educada. No entanto, mesmo assim, continuaram a despir-me, até que fiquei completamente nu, não obstante os meus protestos violentos, debatendo-me fortemente durante todo aquele processo, não chegaram a machucar-me, nem a rasgar qualquer peça de minha roupa. Por fim, lá estava eu, completamente pelado e com um medo horrível, pois não sabia o que fariam em seguida. Um dos meus seqüestradores aproximou-se de mim, segurando algo na mão que me parecia uma espécie de esponja, com a qual passou um liquido em todo meu corpo. Era uma esponja bem macia, não uma daquelas esponjas comuns, e o líquido bem claro e inodoro, porém mais viscoso que água. Primeiro, pensei que fosse um óleo, mas não pode ter sido, porque minha pele não ficou oleosa, nem gordurosa; quando passaram aquele líquido no meu corpo, senti um frio intenso, pois, no interior da máquina a temperatura era bastante baixa. Sofri por ficar despido, mas sofri ainda mais, depois de me terem passado aquele liquido e tremi como varas verdes, de tanto frio que senti. No entanto, o liquido secou logo e, pouco mais tarde, já não senti mais nada...

"...Então, três dos seqüestradores levaram-me para a porta, do lado oposto daquela pela qual entrei. Um deles tocou em algo, bem no centro da porta que, em seguida, se abriu para os dois lados, como uma porta de encaixar, de bar, feita de uma só folha, do piso ao teto. Em cima, havia uma espécie de inscrição com letreiros luminosos, vermelhos; os efeitos de luz deixaram aqueles letreiros salientes, destacados da porta em 1 ou 2cm. Eram totalmente diferentes de quaisquer dos símbolos ou caracteres que eu conheço. Procurei gravá-los em minha memória, mas, entremente, já os esqueci. Em companhia de dois dos seres alienígenas, ingressei em uma pequena sala quadrada, iluminada como os demais recintos; a porta fechou-se atrás de mim. Quando olhei para lá, nada havia de porta, somente uma parede, igual às outras. De repente, a parede tornou a abrir-se e, pela porta, entraram mais dois seres; levavam nas mãos dois tubos de borracha, vermelha, bastante grossos, cada um medindo mais de um metro. Um dos tubos estava ligado por uma de suas pontas a um recipiente de vidro, em forma de taça; na outra ponta havia uma peça de embocadura, parecida com uma ventosa, que colocaram sobre a minha pele, debaixo do queixo, lá onde ainda tenho uma mancha escura, que ficou como cicatriz.

Sangria

Antes do alienígena iniciar a sua operação, ele comprimiu o tubo de borracha fortemente com a mão, como se dele quisesse expelir todo o ar. Logo de começo, não senti nem dores, nem comichão, mas notei apenas que minha pele estava sendo sugada; em seguida, senti que ela ardia e tive vontade de coçar-me; enfim, descobri que a pele ficou machucada, ferida. Depois de me terem colocado o tubo de borracha, vi como a taça se encheu, lentamente, do meu sangue, até a metade. Aí, então, pararam; retiraram o tubo de borracha e substituíram-no pelo outro. Sofri nova sangria; desta vez, no outro lado do queixo. Ali, os senhores podem verificar uma mancha escura, igual à que já lhes mostrei. Daquela vez, a taça ficou cheia, até a borda. Terminada a sangria, os homens retiraram o tubo de borracha e também nesse lugar a minha pele ficou ferida, ardendo e me deixando com coceira.

Mau cheiro e enjôo

Depois disso, eles saíram, fecharam a porta atrás de si e eu fiquei sozinho naquela sala. Por um bom tempo, ninguém se preocupou comigo e fiquei só, por mais de meia hora. Naquela sala não havia móveis, além de uma espécie de cama, sem cabeceira, nem moldura. Como aquela cama era curva, saliente para cima, bem no meio, não era muito cômoda, mas, pelo menos, era macia, como se fosse de espuma e coberta de uma fazenda grossa, cinzenta, também macia. Depois de tudo pelo que passei, me senti cansado, sentei-me naquela cama. No mesmo instante, senti um cheiro forte, estranho, que me causou náuseas; tive a impressão de inalar uma fumaça grossa, cortante, que me deixou quase asfixiado. Talvez fosse isto mesmo, pois, quando examinei a parede, pela primeira vez, notei uma quantidade de pequenos tubos metálicos, fechados em uma das pontas, embutidos na parede, à altura da minha cabeça. Semelhantes a um chuveiro, apresentavam múltiplos furinhos, pelos quais saiu uma fumaça cinzenta, que se dissolveu no ar. Daí, o cheiro. Senti-me bastante mal e fiquei com ânsias de vômito, fui para um canto da sala e vomitei. Em seguida, pude respirar sem dificuldades, porém, continuei a sentir-me mal com aquele cheiro. Fiquei bastante deprimido. O que será que eles pretendiam comigo? Até àquela hora não fiz a menor idéia de como seria a aparência daqueles alienígenas.
Os Seres - Os cinco usavam macacões bem colantes, de uma fazenda bem grossa, cinzenta, muito macia e, em alguns pontos, colada com tiras pretas. Cobrindo a cabeça e o pescoço, usavam um capacete da mesma cor, mas de material mais consistente e reforçado atrás, com estreitas tiras de metal. Este capacete cobria a cabeça toda, deixando à mostra somente os olhos, que pude distinguir através de algo parecido com um par de óculos redondos. Os homens estranhos fixaram-me com seus olhos claros, que me pareciam de cor azul. Acima dos olhos, o capacete tinha duas vezes a altura de uma testa normal. Provavelmente, sobre a cabeça, debaixo do capacete, usavam mais alguma coisa, invisível de fora. A partir do meio da cabeça, descendo pelas costas e entrando no macacão, à altura das costelas, notei três tubos redondos, de prata, dos quais não sei dizer se eram de borracha ou metal. O tubo central descia pela coluna vertebral à esquerda e à direita desciam os dois outros tubos, até uns 10 cm debaixo das axilas. Não vi nenhuma depressão ou protuberância, que indicasse uma ligação entre esses tubos e um recipiente ou instrumento, escondido debaixo do macacão. As mangas do macacão eram estreitas e compridas; os punhos continuavam em luvas grossas. Percebi como os homens mal conseguiam tocar com as pontas dos dedos a parte interna da mão. Contudo, isto não os impediu de segurar-me com tamanha firmeza e manipular habilmente os tubos de borracha, enquanto me fizeram a sangria. Quanto aos seus macacões, creio que eram uma espécie de uniforme, pois todos os tripulantes usavam um escudo do tamanho de uma rodela de abacaxi.
De lá, uma tira de pano, prateada ou de metal, ligava-se à cinta estreita, sem fivela. Nenhum dos macacões tinha bolsos ou botões. As calças eram compridas e colantes e continuavam numa espécie de sapatos, sem, no entanto, mostrar onde terminava a calça e começava o sapato. Todavia, a sola dos sapatos era de 4 a 7 cm de espessura; era bem diferente da dos nossos sapatos. Nas pontas, os sapatos eram levemente encurvados para cima, mas não como a gente vê nos contos de fadas. Os alienígenas movimentavam-se hábil e rapidamente; só que o macacão parecia interferir um pouco com os movimentos livres do seu corpo, pois eles me impressionaram como figuras um tanto rígidas. Todos eles eram do meu tamanho, menos um, que não chegava nem à altura do meu queixo. Eram fisicamente fortes, mas não a ponto de me meterem medo; lá na minha terra, eu não teria dúvida em brigar com qualquer um deles.

Sexo na Espaçonave - No meu entender, passou-se uma verdadeira eternidade, quando então um ruído na porta interrompeu minhas meditações. Virei-me para lá e vi uma moça aproximando-se. Lentamente, ela veio ao meu encontro. Estava totalmente nua, descalça - como eu. Fiquei perplexo e, aparentemente, ela achou divertida a expressão do meu rosto. Ela era muito formosa, completamente diferente das outras mulheres que conheço. Seus cabelos eram macios e louros, quase da cor de platina - como esbranquiçados - e lhe caiam na nuca, com as pontas viradas para dentro. Ela usava o cabelo repartido ao meio e tinha grandes olhos azuis, amendoados. O seu nariz era reto. Os ossos da face, muito altos, conferiam às suas feições uma aparência heterogênea, deixando o rosto bem mais largo do que o das índias sul-americanas e, com o queixo pontudo, ele ficava quase triangular. Tinha os lábios finos, pouco perfilados e suas orelhas (que cheguei a ver mais tarde) eram exatamente como as das nossas mulheres terrestres.
Tinha o corpo mais lindo que já vi em moça alguma, com os seios bem formados, firmes e altos, cintura fina. Os seus quadris eram largos, as coxas compridas, os pés pequenos, as mãos finas e as unhas normais. Era de estatura bem baixa, e a sua cabeça mal chegava aos meus ombros. Essa moça aproximou-se de mim, em silêncio; fitou-me com seus olhos grandes, expressando expectativa, dizendo que estava esperando algo de mim. De repente, ela me abraçou e começou a esfregar o rosto dela contra o meu, enquanto apertava o corpo dela contra o meu. Tinha a pele alvíssima das nossas mulheres louras e os braços cheios de sardas. Senti somente o cheiro de seu corpo, tipicamente feminino, sem nenhum perfume na pele ou nos cabelos. A porta tornou a fechar-se. A sós com aquela moça, que não me deixou a menor duvida quanto a seus desejos, fiquei fortemente excitado. Considerando a situação na qual me encontrava, isto parece um tanto improvável, mas creio que foi por causa do líquido que passaram no meu corpo. Devem tê-lo passado de propósito. Só sei que não consegui mais refrear o meu apetite sexual. Jamais isto me aconteceu. Enfim, acabei não pensando em mais nada, peguei a moça e retribui as suas carícias. Era um ato normal e ela comportou-se como qualquer outra mulher, mesmo após várias repetições do ato. Depois, ela ficou cansada e respirou com dificuldade.

Eu ainda continuei em estado de forte excitação, mas ela recusou o meu amor. Fiquei um tanto zangado, mas não mostrei emoção alguma, pois, apesar de tudo, tive uma experiência bastante agradável. Porém, eu não trocaria uma das nossas moças por ela, porque prefiro uma para conversar e que entenda o que a gente fala. Além disso, o seu grunhido, em dados momentos, deixou-me irritado. Tampouco ela sabia beijar, a não ser que as leves mordidas, no meu queixo, valessem um beijo. Em todo o caso, não tenho certeza de nada disso. Só achei esquisito que os cabelos de suas axilas e "aqueles em outro lugar" fossem da cor de vermelho-sangue. Pouco depois de nossos corpos se terem separado, a porta se abriu e um dos homens alienígenas chamou a moça. Antes de sair da sala, ela virou-se para mim, apontou, primeiro, para a sua barriga, depois, com uma espécie de sorriso, para mim e, por último, para o céu. Depois, ela saiu. Interpretei esse gesto como uma advertência, prenunciando a sua volta, quando então, ela me levaria consigo, para onde quer que fosse. Até hoje estou tremendo de medo, ao pensar que, se retornarem e me seqüestrarem de novo, eu estarei definitivamente perdido. De jeito algum estaria disposto a separar-me da minha família e abandonar a minha terra.

Àquela altura, um dos alienígenas voltou com a minha roupa, que tornei a vestir. Devolveram-me tudo, menos o meu isqueiro que bem poderia ter caído ao chão, durante a luta corporal com os seqüestradores. Voltamos para o outro recinto, onde três dos tripulantes estavam sentados nas cadeiras giratórias, grunhindo um para o outro (acho que conversavam). Aquele que me veio buscar, juntou-se a eles e me deixou sozinho. Enquanto eles "falavam", procurei gravar na memória todos os detalhes ao meu redor e observar minuciosamente tudo quanto ali se passava. Neste empenho, reparei sobre a mesa, ao lado dos homens, dentro de uma caixa quadrada, com uma tampa de vidro, em um disco, parecido com o mostrador de um despertador; havia um ponteiro e, no lugar dos números 3, 6 e 9, uma marcação negra.

Somente no lugar em que, normalmente, está o numero 12, havia quatro pequenos símbolos negros, um ao lado do outro. Não sei para que serviria isso, mas foi assim que eu o vi. Primeiro, pensei que aquele instrumento fosse uma espécie de relógio, pois, vez ou outra, um dos alienígenas o fitava. No entanto, dificilmente, seria um relógio, pois, durante todo o tempo em que o olhei, os ponteiros permaneceram imóveis, na mesma posição. Aí, então, tive a idéia de pegar naquela coisa e levá-la comigo, a título de prova desta minha aventura. Com aquela caixa, o meu problema teria sido resolvido. Quem sabe, quando os homens notassem o meu interesse por aquele objeto, talvez me dessem de presente. Aproximei-me dele, aos poucos e, quando eles não me olhavam, puxei-o da mesa com as duas mãos. Era pesado, certamente uns 2 kg. Porém, eles não me deram tempo, nem para olhá-lo de perto, pois, com a rapidez de um raio, um dos homens empurrou-me para o lado, tirou a caixa das minhas mãos e, furioso, tornou a colocá-la em seu lugar. Recuei até a parede mais próxima e lá fiquei parado, imóvel. Normalmente, não costumo sentir medo, mas, naquela situação, achei melhor ficar quieto, pois eu já sabia que eles me tratavam bem somente quando o meu comportamento era do agrado deles.
Fiquei parado ali, à espera que as coisas acontecessem. A moça não apareceu mais, nem despida, nem vestida, mas eu descobri onde ela deveria estar. Na parte dianteira do recinto grande havia mais uma porta, um pouco entreaberta e, vez ou outra, dava para ouvir o ruído de passos, que se dirigiam para lá e para cá. Como todos os demais tripulantes estavam naquele recinto grande, os passos que ouvi somente poderiam ter sido os da moça. Suponho que essa parte dianteira se tratava da cabina de navegação da máquina. Enfim, um dos homens alienígenas levantou-se e me fez um sinal para segui-lo. Os demais nem me olharam e, assim, atravessamos a pequena ante-sala, até a porta de entrada, já aberta e com a escada descida. No entanto, ainda não descemos, mas o homem me fez compreender que eu devia acompanhá-lo até a rampa, que havia em ambos os lados da porta; ela era estreita, mas permitiu dar uma volta completa ao redor da máquina. Primeiro, fomos para a frente e lá vi uma protuberância metálica sobressaindo da máquina; na parte oposta havia essa mesma protuberância. A julgar por sua forma, conclui que talvez fosse o dispositivo de controle para a decolagem e o pouso da máquina. Devo admitir que jamais vi aquele dispositivo em funcionamento, nem quando a máquina levantou vôo, razão pela qual não sei explicar sua função. Em frente, o alienígena apontou para os picos de metal ou, melhor, esporas metálicas, já mencionadas. Todas as três estavam firmemente ligadas à máquina; a do meio, diretamente com a parte dianteira. As três esporas tinham a mesma forma, base larga, diminuindo para uma ponta fina e sobressaindo horizontalmente. Não posso avaliar se eram do mesmo metal da máquina; elas brilhavam como metal incandescente, mas não irradiavam nenhum calor.
Um pouco acima das esporas metálicas estavam luzes vermelhas; as duas laterais eram pequenas e redondas, ao passo que aquela na parte dianteira era enorme. Eram os possantes faróis, que já descrevi. Acima da rampa, a qual, por sua vez, terminava, em frente, com uma grande placa de vidro grosso, que entrava fundo no revestimento de metal, um pouco saliente e diminuindo de espessura, nos lados. Como não havia janelas em parte alguma, julguei que aquela vidraça serviria para, através dela, olhar o mundo lá fora, mesmo que não desse boa visão, pois, visto de fora, o vidro parecia bastante turvo. A meu ver, as esporas metálicas na frente dianteira deveriam estar relacionadas com a força de propulsão, pois, quando a máquina levantou vôo, o seu brilho ficou muito intenso e se confundiu, por completo, com o da luz do farol principal. Após a vistoria da parte frontal da máquina, voltamos para a de trás (essa parte apresentava curvatura bem mais pronunciada do que a da frente), mas, antes disso, paramos mais uma vez, quando o alienígena apontou para cima, onde estava rodando a imensa cúpula, em forma de prato. Ao rotar lentamente, estava mergulhada numa luz esverdeada, cuja fonte não conseguir detectar; simultaneamente, emitia um certo som de assobio, lembrando o ruído de um aspirador ligado ou de ar que entrasse por numerosos pequenos orifícios. Quando, mais tarde, a máquina decolou, as rotações da cúpula aceleraram progressivamente, até desaparecer por completo e, em seu lugar, permanecer tão-somente um brilho de luz vermelho-clara. Ao mesmo tempo, o ruído cresceu para um estrondoso uivar e, com isto, para mim não havia dúvida de que a velocidade da rotação da cúpula determinava o volume do som do ruído.
Depois de me ter mostrado tudo, o alienígena levou-me para a escada metálica e me deu a entender que eu estava livre para sair. Ali estava ele, apontando primeiro, para si próprio, depois, para mim e, finalmente, para o quadrante sul, lá no céu. Em seguida, fez o sinal de recuar e desapareceu no interior da máquina. A escada metálica foi se encurtando, com um degrau empilhando sobre o outro, como em uma pilha de lenha e, ao chegar lá em cima, a porta levantou-se - quando aberta, formava a rampa - até ficar embutida na parede da máquina e tornar-se invisível. As luzes das esporas metálicas do farol principal e da cúpula ficaram progressivamente mais intensas, com o aumento das rotações. Lentamente, a máquina subiu, em linha vertical, recolhendo, ao mesmo tempo, o seu "trem de pouso"; em seguida, a parte de baixo do objeto parecia tão lisa, como se de lá jamais tivesse saído coisa alguma. O objeto voador subiu devagar, até uns 30 a 50 m de altura; lá parou por alguns segundos, enquanto a sua luminosidade se tornou mais intensa. O ruído de uivar tornou-se mais forte, a cúpula começou a girar a uma velocidade enorme, ao passo que a luz mudou, progressivamente, até ficar vermelha-clara. Naquele instante, a máquina inclinou-se, de leve, para o lado, ouviu-se o ruído rítmico, de bater, e, repentinamente, desviou-se para o sul, desaparecendo de vista uns poucos segundos depois..."

A finalidade de tais seqüestros ainda é um grande mistério para ufologia
Voltei, então, para o meu trator. À 1h e 15 m fui levado, contra minha vontade, para o interior da máquina alienígena, de onde saí às 5h e 30 m da madrugada. Portanto, lá me prenderam durante 4 h e 15 m. Bastante tempo. Nada falei dessa minha vivência a ninguém, a não ser à minha mãe, a única pessoa com quem me abri. Ela achou melhor jamais ter contato com gente assim. Não tive coragem de falar coisa alguma ao meu pai. Já lhe havia falado, anteriormente, sobre a luz na cúpula, mas ele não acreditou em minhas palavras e achou que tudo aquilo era pura imaginação minha. Mais tarde, resolvi escrever ao Sr. João Martins, contando o que houve; para tanto fui motivado pela leitura do seu artigo publicado em novembro próximo passado, na revista "O Cruzeiro", solicitando para que os leitores lhe enviassem qualquer relato referente a discos voadores. Se eu tivesse dinheiro, já teria viajado para o Rio em data anterior, mas, como não tive, foi preciso aguardar a sua resposta e a oferta de financiar parte das minhas despesas de viagem".

Notas Clínicas e relatório sobre o exame médico, assinado pelo Dr. Olavo Fontes:

Dados pessoais: Antônio Vilas Boas, branco, solteiro, fazendeiro, residente em São Francisco de Sales, Minas Gerais.

Ficha Clínica: Conforme o seu depoimento, ele deixou a máquina em 16 de outubro de 1957, às 5 h e 30 m. O seu estado físico era bastante fraqueza, pois nada tinha comido, desde as 21 h da véspera e, enquanto estava na máquina, vomitou diversas vezes. Voltou para casa, exausto e dormiu quase o dia todo. Ao acordar às 16 h e 30 m, sentiu-se bem e tomou uma refeição regular. No entanto, já naquela noite e nas noites seguintes, não conseguia dormir. Ele ficava muito nervoso, fortemente excitado e sempre que conseguia pegar no sono, sonhava com os acontecimentos da noite anterior, como se estivesse revivendo tudo. A essa altura, despertava, com um grito e tinha a sensação de estar, outra vez, preso por seus seqüestradores. Após ter passado repetidamente por aquela experiência, ele desistiu de tentar dormir naquela noite e procurou passá-la, lendo e estudando. No entanto, tampouco logrou realizar este seu intento, pois não conseguia concentrar-se naquilo que estava lendo; seus pensamentos sempre voltavam e giravam em torno dos acontecimentos daquela noite fatídica. Ao raiar o dia, ele estava completamente confuso, correndo de um lado para o outro, fumando um cigarro após o outro. Sentiu-se cansado, exausto. Teve vontade de comer alguma coisa, mas acabou tomando somente um cafezinho; logo em seguida, sentiu-se mal, vomitou; a ânsia de vômitos e as fortes dores de cabeça continuaram durante todo o dia. Como ele estava absolutamente sem apetite, rejeitou qualquer alimento.
Também a segunda noite, após o incidente, ele a passou em claro e no mesmo estado físico. Ainda sentiu seus olhos arderem, mas as dores de cabeça cederam. No segundo dia, continuou com ânsia de vômitos e sem apetite, porém, não vomitou mais, provavelmente porque nada comeu. Outrossim, os olhos ardiam mais e começaram a lacrimejar constantemente, embora não fosse constatada qualquer inflamação do tecido conjuntivo, nem fossem achados sintomas de outra qualquer irritação da vista ou impedimento da visão. Na terceira noite, o paciente conseguiu dormir, normalmente. A partir de então, ele sentiu uma excessiva necessidade de sono, que perdurou mais de um mês. Até o dia, chegou a cochilar, pouco importava onde se encontrasse ou o que estivesse fazendo; cochilava mesmo enquanto conversava com outras pessoas. Para adormecer, bastava ficar quieto algum tempo.
Durante aquele estado de sonolência, os seus olhos continuavam a arder e lacrimejar. Quando, no terceiro dia, as ânsias de vomito cederam, seu apetite voltou e ele comeu normalmente. Os olhos pioravam, quando expostos ao Sol, e, assim sendo, procurou evitar toda claridade. No oitavo dia, quando já estava trabalhando no campo, sofreu uma ligeira efusão de sangue, no antebraço; no dia seguinte, o hematoma infeccionou, formando pus e provocando coceiras. Depois de sarar, no lugar do hematoma ficou um circulo vermelho. Uns 4 a 10 dias mais tarde, de repente e sem qualquer ferimento prévio, semelhantes lesões dermatológicas apareceram nos antebraços e nas pernas. Começavam com uma pústula, aberta ao meio, que provocava fortes coceiras e levava uns 10 a 20 dias para sarar. O paciente referiu que essas pústulas, depois de sarar, deixavam cicatrizes, com manchas vermelhas escuras à sua volta. Ele informou que, anteriormente, jamais havia sofrido de eczemas ou irritações cutâneas, tampouco de hematomas, contusões, ou feridas abertas (segregando sangue); quando estas últimas apareciam, vez por outra, eram tão leves que nem chegava a notá-las. Outrossim, no 15º dia após a sua vivência, surgiram duas manchas amareladas, mais ou menos simetricamente dispostas, à direita e à esquerda do nariz, o paciente comentou a respeito: "aquelas manchas pareciam como se a pele fosse esbranquiçada, carente de irrigação sangüínea". Depois de uns dez dias, as manchas desapareceram tão de repente quanto surgiram.
Ao lado das cicatrizes deixadas pelas pústulas, esporadicamente surgidas nos braços, ao longo desses últimos meses, ainda ficaram duas pequenas feridas abertas. Os demais sintomas descritos não tornaram a aparecer, até o momento. Atualmente, o paciente sente-se bem e ele próprio considera bom o seu presente estado de saúde. Ele nega a ocorrência de sintomas, tais como, febre, diarréia, hemorragias, icterícia, durante a fase aguda da sua doença ou logo em seguida. Tampouco, referiu depilação no corpo ou rosto, ou queda de cabelos, no período de outubro até agora. Na fase da sonolência, a sua capacidade de trabalho não ficou notadamente diminuída. Da mesma maneira, não se registrou qualquer diminuição na sua libido, na sua potência ou visão, como não teve anemia, nem pústulas na boca.

Quanto às doenças infantis agudas, o paciente referiu ter sofrido de sarampo e varicela, sem complicações. Não teve doenças venéreas. Em anos passados, sofreu de uma colite, que não incomoda mais.
Exame médico: trata-se de pessoa do sexo masculino, de cor branca, cabelos pretos, macios, olhos escuros. Ausência de sintomas de males agudos ou crônicos.

Biótipo: pernas compridas, leptossômico. Fácies: atípico, altura média (1,64m, sem sapatos), esbelto, porém, forte e de musculatura bem desenvolvida.

Estado de nutrição: nenhum sintoma de carência de vitaminas; nenhuma má-formação ou anomalia física.

Pêlos do corpo e característica sexuais: normais.
Dentes: em bom estado de conservação.
Gânglios: não palpáveis externamente.
Mucosas: todas um tanto pálidas.
Exame dermatológico: foram constatadas as seguintes alterações patológicas:

1.À direita e à esquerda do queixo, duas pequenas manchas, hipercromáticas, quase redondas; uma delas é do tamanho de uma moeda de 10 centavos; a outra é maior e de contornos irregulares. Ali, a pele parece mais fina e delicada, como recém-formada ou um tanto atrofiada. Inexistem pontos de referência para determinar o tipo e a idade daquelas duas manchas. Tudo quanto se pode dizer a respeito resume-se no seguinte: são cicatrizes de feridas superficiais, na pele, relacionadas com efusão de sangue, datando, no máximo, de uns doze meses e, no mínimo de um mês. É licito supor que se trata de manchas da pele, as quais, provavelmente, desaparecerão dentro de alguns meses. Além dessas manchas, não foram constatadas outras manchas similares ou marcas na pele.

2.Foi notada a presença de cicatrizes deixadas por feridas na pele (datando de alguns meses, no máximo), na parte externa da mão, nos antebraços e nas pernas. O exame revelou tratar-se de pequenas pústulas ou feridas cicatrizadas, com a pele saindo, esfolando nas bordas, o que permite concluir por seu aparecimento em data recente. Duas dessas pústulas, no braço direito e no esquerdo, ainda não chegaram a sarar; apresentam-se como pequenos nós ou bubões, salientes, avermelhados; são mais duros do que a pele ao seu redor, causam dor quando comprimidos e, no seu centro, segregam um liquido amarelado, seroso. A pele circundante apresenta alterações inflamatórias. Vestígios de pequenos arranhões, feitos pelas unhas do paciente, permitem supor que trata de urticária. Quanto às alterações patológicas constadas, cumpre mencionar que todas as cicatrizes e alterações dermatológicas se encontram no centro de uma área hipercromática, de cor de lilás clara, um sintoma completamente fora do âmbito das nossas experiências, razão pela qual não é possível avaliar a importância ou o significado de tais áreas. Como o médico-examinador não é dermatologista, carece das condições necessárias para a devida diagnose deste sintoma e, assim sendo, limita-se a descrever as alterações em apreço, que, aliás, também foram documentadas por fotos.

Estado neurológico orientação no espaço e tempo: boa.
Reações sensoriais, afecções: dentro do normal

Atenção espontânea e estimulada: normal.
Percepções e associações mentais: reações normais.
Memória a longo e a curto prazo: boa.
Memória visual: extraordinária; detalhes relatados verbalmente são, de imediato, esboçados ou ilustrados pelo próprio paciente. Ausência de quaisquer sintomas diretos ou indiretos de uma doença mental.

Olavo Fontes, Doutor em Medicina
Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1958.
Em resumo, o Dr. Fontes tornou a salientar que, logo no início dos exames, soube que Antônio não tem qualquer disposição psicopática. Ao prestar o seu depoimento, nem por uma só vez, ele caiu em contradições ou perdeu o autocontrole. Outrossim, quando, por algumas ocasiões, hesitou em responder a uma pergunta, revelou comportamento normal de um indivíduo que não quer responder a determinadas perguntas, sobre circunstâncias fora do comum. Sempre quando isto aconteceu, ele disse, simplesmente: "não sei" ou "não sei explicar isto", mesmo sabendo que tais evasivas poderiam pôr em dúvida a credibilidade do seu relato. Aliás, Antônio disse ao jornalista João Martins que se sentiu sem jeito para falar de certos detalhes, quanto à extraterrestre. Tampouco, Antônio revelou inclinações para a superstição , o misticismo; ele não considerou os tripulantes do objeto como anjos, super-homens ou demônios, mas, sim, achou que se tratava simplesmente de homens, provenientes de outras regiões, de um outro planeta.

Ele explicou esta idéia pelo fato de o tripulante que o acompanhou ao deixar o objeto voador, ter apontado, primeiro, para ele, depois para o solo e, por fim, para o céu. Além disso, durante toda a sua permanência a bordo, Antônio observou como os tripulantes usavam uniformes e capacetes fechados; dali ele concluiu que o ar normalmente aspirado por eles deve ser diferente daquele aqui na Terra. Quando o jornalista João Martins falou a Antônio que, caso aquele seu relato viesse a ser divulgado, muitas pessoas iriam considerá-lo como um louco ou impostor, Antônio não se impressionou absolutamente diante de tais perspectivas, mas disse apenas: "Nesse caso, convidaria as que falam tais coisas a irem até minha terra e solicitar-lhes-ia que se informassem sobre minha pessoa. Logo saberiam do conceito de que desfruto lá, se estou sendo considerado como homem direito, ou não."
Hoje em dia, Antônio está casado e vive muito feliz com a mulher e os filhos na fazenda. Ele continua afirmando que o incidente se deu tal qual foi por ele descrito e, fora disso, não quer saber mais nada a respeito. Antônio jamais tomou drogas ou tóxicos.

Fonte:

Um Caso de Vida ou Morte!

sábado, 22 de outubro de 2011

Comunicação Com Corpos Celestes


COMUNICAÇÃO COM CORPOS CELESTES
Mensagem de St Germain - Recebida por UTE
em 21 de outubro de 2011

Amados,
Eu Sou St Germain

Fala-se muito sobre planetas e cometas entrando em seu sistema solar para iniciar grandes mudanças na Terra ou ativar sua ascensão final para dimensões mais altas.

Atrás desta conversa há fatos reais e eu quero comentar sobre isto.

Primeiro: o que é um planeta ou cometa? Eles são entidades conscientes, corpos em aparência, mas espíritos e entidades, seres que se expressam ou encarnam como um corpo.

De um ponto de vista de uma compreensão tridimensional e ciência, corpos celestiais são somente isso, corpos feitos de matéria com certos componentes químicos e que obedecem a certas leis físicas, - aquelas que seus cientistas impuseram na realidade ao fluxo eterno do Sonho Divino.

Estes cientistas então descrevem a posição e as órbitas deles no espaço, a origem e elementos materiais deles, lhes dão um nome e talvez estejam surpresos com a beleza da aparência deles.

Estes, claro, são uma aproximação e um modo de observação muito limitados porque eles não tributam a própria essência viva de tal corpo celeste, sua verdadeira natureza e qualidade.

Então, quando seus cientistas falam sobre um cometa entrando em seu sistema solar, eles apenas olham para os possíveis eventos materiais, como uma colisão ou influências gravitacionais na sua Terra. Mas eles nunca consideram o que é muito maior: a essência viva, a alma de tal corpo que vem do espaço.

Assim, esses seres que recentemente têm entrado em seu sistema solar têm uma alma, tal como todos os planetas de seu sistema solar têm uma alma, eles são seres vivos tal como vocês mesmos e a própria Gaia são, e vocês podem se comunicar, falar com eles, como alguns de vocês se comunicam com o Espírito de Gaia! Eles sempre estão se comunicando com vocês, falando com vocês, mas a maioria de vocês jamais notou isto em sua densidade e falta de visão periférica.

Da mesma maneira, os novos corpos celestes entrando em seu sistema solar não são matéria morta, mas sim seres vivos, mensageiros, se vocês preferirem, que estão falando com vocês, se vocês simplesmente se prepararem para ouvir.

Vocês apenas estão com medo daquilo que vocês não conhecem!

Uma humanidade despertando comunicar-se-á diretamente com todos os corpos celestes. Eles estabelecerão contato pessoal e coletivo com a humanidade; ouçam o que eles têm para lhes dizer, qual é a dádiva deles, qual é a mensagem deles. Vocês não são vítimas de objetos “desconhecidos” que parecem ameaçar sua existência. Esta é uma mensagem escura de seus supressores e manipuladores que querem mantê-los em ignorância e em uma consciência de separação e mera identificação baseada totalmente no corpo.

Escutem e falem com os seres conscientes entrando em seu sistema solar. Como vocês sabem, ninguém e nada pode entrar em sua aura se vocês não derem permissão. Igualmente, nenhum corpo celeste pode entrar no seu sistema solar ou no campo etéreo de sua Terra sem a permissão dela e sem a permissão de vocês também. Somente a percepção e a ilusão de ser uma vítima de forças mortais e violentas criam exatamente tal evento.

A força de seu despertar, portanto, é um fator importante para uma Criação Divina em que não há “agressores.” Vocês vêem, tudo é uma questão da consciência com a qual vocês vibram!

Portanto é necessário comunicar-se e falar com os corpos celestes para eles lhes revelar a mensagem e a intenção deles. Permitir entrar na esfera de sua Terra o que serve à sua evolução e crescimento espiritual maior liberta-os de qualquer medo ou incerteza, porque vocês se favorecem com as novas almas entrantes e com o serviço que elas estão lhes prestando.

As mudanças de freqüência que agora estão acontecendo em sua Terra são apropriadas para habilitar suas habilidades telepáticas, de forma que vocês possam se comunicar facilmente com todas as almas de seu universo.

Todos os corpos celestes são uma expressão de grandes almas que pertencem na realidade a sociedades de formas de vida e formas específicas de consciência que sempre têm se comunicado umas com as outras com o propósito de formar uma união ainda maior em Inter-relações Divinas. Isto se dá porque o grande processo de apoteose de seus universos começou – como parte de um ciclo natural da Criação Divina.

Amados, agora é hora de deixar seu limitado ponto de vista meramente terreno e abrir-se para o universo e aceitar sua participação natural e maior em seu ambiente galáctico.

Com Bênçãos!
Eu Sou St Germain 

Copyright: Ute Posegga-Rudel, Outubro de 2011
http://radiantlyhappy.blogspot.com/
Esta mensagem foi recebida em um espaço sagrado e deve ser tratada de acordo e com respeito. Não é permitido o uso deste texto em vídeos com voz automática. Quando compartilhar esta mensagem, por favor, compartilhe juntamente com esta informação. Se você tiver perguntas, por favor, entre em contato comigo. Obrigada.
Tradução: SINTESE
http://blogsintese.blogspot.com/






quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dinheiro Vindo do Nada

A Verdade Sobre o Sistema Financeiro Mundial

Uma sociedade sem dinheiro vivo e os microchips são parte de uma ferramenta fundamental no controle da existência humana: o sistema financeiro mundial.

Pergunte às pessoas porque elas não estão dizendo ou fazendo o que realmente acreditam ser o correto e a resposta será medo. E uma das principais expressões desse medo é a necessidade de ganhar dinheiro para sobreviver. Essa é a idéia: se você pode inflar artificialmente o custo das necessidades básicas como comida, moradia e vestuário, você pode pressionar as pessoas a servir o seu sistema. Quanto menos você precisa ganhar, mais escolhas você tem para viver a vida como achar melhor. E quanto mais você precisa, menos escolhas você tem.

Essa fraude é fundada na maior de todas as trapaças: o pagamento de juros sobre um dinheiro que não existe. O fato de que nós, como um todo, toleramos isso, revela muito sobre a escala da clonagem mental coletiva que tem se espalhado neste planeta.

Os bancos controlados pela Elite estão emprestando legalmente (como de costume), dez mil dólares para cada mil que eles realmente possuem. É como se você possuísse cem dólares, mas emprestasse mil para os seus amigos e cobrasse juros por isso. Se cada um dos seus amigos exigisse dinheiro vivo, você não poderia fazer essa fraude funcionar, mas os bancos não têm esse problema porque a maioria das suas transações não envolve dinheiro vivo. Eles trabalham principalmente com "dinheiro" teórico: cheques e cartões de crédito. Se todo mundo fosse ao banco ao mesmo tempo para pedir o seu dinheiro de volta, os bancos acabariam falidos muitas vezes porque eles estão emprestando uma quantia muito maior do que eles têm depositado. Apenas uma fração do dinheiro que os bancos “emprestam” existe fisicamente.

A maioria das pessoas acredita que os bancos emprestam só o dinheiro que os clientes depositaram neles. Isso simplesmente não é verdade. O que os bancos emprestam é, em efeito... Nada. Quando você vai a um banco para fazer um empréstimo, sua conta é “creditada” com aquela quantia. Tudo que o banco fez foi digitar a quantia do seu empréstimo, digamos R$ 10.000, em um computador. Se o banco estivesse lhe emprestando o dinheiro dos clientes dele, as suas contas teriam que ser reduzidas em R$ 10.000 para permitir que você tivesse o empréstimo. Mas não são. Elas permanecem da mesma forma. Então, de onde apareceu essa misteriosa quantia de R$ 10,000?

Seu “empréstimo”, como com todo “empréstimo”, é conjurado do nada. São apenas figuras em uma tela de computador! E, a partir desse momento, você começa a pagar juros sobre um dinheiro inexistente. Mais que isso, este “dinheiro” fantasma é até mesmo registrado nas contas do banco como um “ativo”, e isto permite fazer ainda mais empréstimos do mesmo tipo.

A cada empréstimo, o prestatário fica em débito e os ativos oficiais do banco aumentam, apesar de nenhuma nova moeda ter sido cunhada e de nenhuma nova nota ter sido impressa. Tudo isso é uma ilusão. O que os bancos fazem é a atividade criminal mais lucrativa e mais destrutiva do planeta. Pessoas que cultivam comida e produzem o necessário para a vida estão mergulhados em dívidas, e freqüentemente são empurrados à falência por pessoas que não fazem nada além de digitar figuras em uma tela de computador e cobrar juros por elas.

Quantias fantásticas de “dinheiro” estão em circulação em forma de cheques e créditos de vários tipos, mas menos que dez por cento estão na forma de moedas e notas. Mais de noventa por cento dessas quantias não existe. O sistema está maciçamente falido e ele só sobrevive porque as pessoas são condicionadas a aceitar cheques e cartões de crédito como “dinheiro” quando, na realidade, eles não são nada além de dados em um programa de computação sem nada para justificar esses dados.

Por mais que seja estarrecedor, esta é a forma como a vasta maioria do “dinheiro” é posto em circulação - não por governos imprimindo dinheiro vivo, mas através de bancos privados emprestando dinheiro que não existe e cobrando juros por isso. Principalmente através de crédito. Isto significa que a maior parte do “dinheiro” usado para ser trocado por bens e serviços já é criado como uma dívida.

Nós ouvimos que inflação é causada por governos que imprimem muito dinheiro. Isso não é verdade. Os governos não imprimem o bastante! Noventa por cento do “dinheiro” posto em circulação é “criado” na forma de débito pela rede bancária privada controlada pela Elite Global. Isso é totalmente insano, e é por isso que a montanha de dívidas aumenta a cada minuto.

Um "boom" econômico (quando a produção e o consumo aumentam), simplesmente leva a mais empréstimos pelos bancos para aumentar ainda mais o consumo. Assim, nos "bons tempos" da economia, a quantidade do débito sobe a quantias colossais e isso eventualmente conduz aos tempos ruins, conhecido como depressão. Como os bancos têm o controle sobre a criação do “dinheiro” através dos empréstimos, eles decidem se vai haver um boom econômico ou uma depressão aumentando ou diminuindo a quantia de “dinheiro” que eles emprestam às pessoas. A diferença entre crescimento e depressão é só a quantia de dinheiro vivo ou crédito disponível para fazer compras. E como o sistema bancário é controlado pela Elite Global, esse minúsculo grupo exclusivo tem o controle sobre a economia de cada país e sobre as decisões dos "líderes" políticos e econômicos que, ou não entendem como o sistema bancário e a criação de dinheiro realmente funcionam (a maioria), ou estão trabalhando conscientemente com os que controlam o sistema.

Por causa desse passe de mágica, as dívidas das pessoas, dos negócios, e dos países alcançaram a terra do nunca, e a necessidade de pagar os juros é refletida no dinheiro que nós pagamos na forma de impostos, pela comida, pela vestimenta, por abrigo e etc. O Governo britânico gasta muito mais com juros por ano do que com educação e uma vez que você perceba como o sistema funciona, já não é mais surpreendente que os Estados Unidos estejam com uma dívida de trilhões e trilhões de dólares.

Olhe para o que acontece somente em uma transação. Digamos que o governo dos EUA queira pedir emprestado um bilhão de dólares para cobrir uma pequena queda na arrecadação. Ele emite uma nota do Tesouro ou fatura, um IOU em outras palavras, e a entrega ao Federal Reserve, um cartel de bancos privados controlados pela Elite Global. Os banqueiros então “criam” um bilhão de dólares a um custo desprezível para eles. A partir desse momento, os bancos começam a cobrar juros do governo (do povo) sobre um bilhão de dólares. E não é só isso, o pedaço de papel, o IOU, é contado agora como um “ativo” dos bancos e aparece nas contas deles como se eles na verdade possuíssem um bilhão de dólares em seus cofres. Isto significa que eles podem emprestar outros dez bilhões de dólares (no mínimo) de um “crédito” inexistente para outros clientes!

Todo mundo envolvido em um processo de produção seja ele o fornecedor de materiais, o produtor, a companhia de transporte, a loja, etc. Todos estão acrescentando um extra aos seus preços para cobrir a necessidade de pagar os juros do dinheiro não-existente que eles tomaram "emprestado". Até que você compre um produto na loja, o seu preço estará maciçamente inflacionado se comparado com o que ele precisa ser, porque cada fase do processo está pagando juros sobre um dinheiro que não existe. Nós estamos comprando três casas pelo direito de viver em uma porque dois terços do dinheiro (às vezes mais) que nós pagamos em uma hipoteca é somente para pagar os juros. Se você pegar um empréstimo de £50.000 para comprar uma casa com o Banco Nacional deWestminster da Inglaterra, você pagará de volta £152.000. Você comprará três casas para viver em uma. No folheto em que se explicava isso, eles tiveram a coragem de dizer: "Banco Nacional de Westminster - nós estamos aqui para tornar a vida mais fácil”. Muitíssimo obrigado, eu realmente não sei como agradecer.

Por toda parte as pessoas estão fazendo coisas que não têm nenhum desejo de fazer porque elas precisam pagar juros sobre um dinheiro que não existe. A Dívida do Terceiro Mundo, que está crucificando bilhões de pessoas dia após dia, deriva predominantemente de um dinheiro que não existe, nunca existiu, e nunca existirá. E nós ainda aceitamos isso!

É um truque, uma trapaça. Não é necessário. Ele está lá para nos controlar. É por isso que o sistema foi criado em primeiro lugar.

Apesar da óbvia insanidade deste roubo legalizado, nossas mentes ainda estão condicionadas a acreditar que cobrar juros é essencial e que sem isso a economia mundial desmoronaria. Não é bem assim. A ditadura bancária global orquestrada pela Elite Global é que desmoronaria, e isso seria fantástico. Mas as pessoas que estão escravizadas pelo pagamento de juros sobre um dinheiro que não existe, defendem o sistema e dizem que ele deve continuar! Hei! Guarda da prisão. Não ouse abrir essa porta. Você me ouviu?

O sistema de pagamento de juros não é uma proteção contra sofrimento econômico. Na verdade, ele é quem cria pobreza e desigualdade e permite a acumulação do poder global.

Diga-me uma coisa: o que aconteceria se, em vez de pedir emprestado um dinheiro inexistente à rede de bancos privados, nossos governos imprimissem o seu próprio dinheiro livre de juros e o emprestasse às pessoas também livre de juros, com talvez uma taxa bem pequena só para cobrir os custos da administração? Nós não seríamos mais capazes de comprar tudo o que precisamos? É claro que seríamos e muito mais facilmente porque o custo de tudo seria menor. O custo de uma hipoteca cairia em dois terços se você não tivesse que pagar juros. Os sem-teto poderiam ser abrigados e nós não teríamos a visão grotesca de pessoas dormindo nas ruas porque não podem juntar bastantes pedaços de papel ou figuras não-existentes de computador para pagar por um abrigo adequado.

O dinheiro se tornaria o que foi planejado para ser: um meio de troca de contribuições para a comunidade, o qual suaviza as limitações da permuta. Somente com a introdução dos juros é que o dinheiro se torna um veículo para o controle, o qual é usado com um efeito devastador nos dias de hoje.

Ninguém ganha com o pagamento de juros, exceto os bancos da Elite Global. Ninguém perderia se o sistema fosse mudado, com exceção da rede bancária e daqueles que usam o dinheiro para ganhar mais dinheiro sem qualquer contribuição produtiva para o mundo. Os bancos, que têm saqueado e abusado da humanidade por tanto tempo, viriam abaixo e o papel dos sucessores deles seria construtivo, ao invés de destrutivo.

O falecimento do sistema de cobrança de juros pelos bancos é realmente tão terrível? Eu estou saltando de alegria só de pensar nisso. Não há nenhuma razão para que nós não possamos ter dinheiro livre de juros. Só está faltando vontade porque os políticos que poderiam por um fim nisso são controlados e manipulados pelas mesmas pessoas que possuem o sistema bancário global, o qual brande o seu poder nas vidas das pessoas exigindo que elas paguem juros sobre um dinheiro que não existe. Olhe para os “diferentes” partidos políticos em seu país. Quantos deles estão propondo terminar com a cobrança de juros se forem eleitos?

Nenhum? Obrigado. E agora você sabe por que.

Dois presidentes dos Estados Unidos propuseram imprimir dinheiro livre de juros e começaram a fazer isso de uma maneira gradativa. Um era Abraham Lincoln e o outro era John F Kennedy. O Que mais eles têm em comum? Ah! É claro, ambos foram assassinados.

Uma importante pergunta que deve ser feita constantemente é: “quem se beneficia?”

Sempre que um político, economista, líder de igreja, jornalista, ou qualquer um está nós dizendo o que pensar, vale a pena fazer a pergunta: quem se beneficia se eu acreditar no que estão me pedindo para acreditar? A resposta invariavelmente o conduz para a real razão de você está sendo alimentado com essa linha de “pensamento".

Por exemplo: quem se beneficia se as pessoas acreditam que “milícias de extrema direita” estavam por trás do atentado à bomba em Oklahoma?

Resposta: Aqueles que desejam desacreditar as declarações das milícias sobre a Conspiração Global e aqueles que desejam justificar a introdução de leis mais autoritárias dentro dos Estados Unidos e, como o Presidente Clinton colocou 24 horas após o atentado: “um abrandamento nas restrições ao envolvimento das forças armadas na execução da lei doméstica”.


David Icke

http://amanhecernovaera.blogspot.com/
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