O ritmo rápido da vida moderna e o movimentado alarido
das cidades modernas impedem-nos de encontrarmos a nós mesmos. Precisamos
sentar-nos como se estivéssemos no deserto, completamente sós, rodeados pelo
silêncio, e diminuir o ritmo dos pensamentos até que nos intervalos entre eles
comecemos a perceber quem é o PENSADOR.
Quantos de nós nos encontramos exaustos pelas ansiedades
físicas, pelas frequentes tensões nervosas e pelo tumulto irrequieto de nosso
tempo! Nossa tendência é ficar enredados em nossas próprias atividades, é
multiplicá-las por dúzias, é ficar eternamente ocupados com isto e aquilo.
Somos, de certa forma, as vítimas irracionais da nossa vida de superfície,
escravos inconscientes de suas atividades e desejos, as marionetes dançantes de
seus interesses e posses. Não há nenhum movimento real e livre de nossas
vontades, apenas um movimento aparente.
Paul Brunton - Idéias em Perspectiva
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